17 novembro, 2006

A ARCA DOS CONTOS


A Arca dos Contos é um jogo de cartas, inspirado no imaginário dos contos tradicionais, criado por Maria Teresa Meireles para estimular a criatividade e o gosto pela leitura. Todas as turmas de 3º ano estão a desenvolver esta actividade na nossa Biblioteca. A actividade passa sempre pela leitura e desmontagem de um conto e pela elaboração de um esboço de conto pelos alunos, em pequenos grupos, utilizando as cartas que lhes saíram em sorte. Fazem também jogos de palavras que vão desenvolvendo o vocabulário disponível para a escrita.
Depois os contos vão para a sala de aula e é lá que se opera o milagre - o conto escolhido é
trabalhado, enriquecido por todos. E já vamos tendo coisas para mostrar...

Ora leiam lá e adivinhem as cartas que inspiraram o grupo do Guilherme, Andreia, Tiago, Joana Antunes e Cláudia do 3º ano turma A!

O anão e o chapéu da sorte

Era uma vez uma águia de penas castanhas e brancas, garras afiadas e bico curvo. Ela vivia numa montanha íngreme e rochosa. Construíra o seu ninho no cume dessa montanha. Era grande, feito de palhas e pauzinhos No interior deste, a águia guardava um pequeno e dourado chapéu mágico.
Certo dia, um anão muito pequeno e infeliz, por dizer que tinha muito azar, foi ao palácio falar com o rei dos anões.
O palácio era grande e espaçoso e com um enorme jardim.
O anão entrou e ficou deslumbrado com a decoração, os cristais, a paisagem e com o maravilhoso jardim. Estava ele espantado com tanta beleza, quando ouviu uma voz perguntar:
- O que desejais? - Perguntou o mordomo
O anão muito nervoso respondeu:
- Venho falar com o rei.
O mordomo disse:
- Acompanhe-me! Siga-me!
Atravessaram muitos corredores até que entraram na sala onde o rei estava.
O pequeno anão fez uma vénia ao rei. O rei perguntou:
- O que se passa, meu pequeno anão?
O pequeno anão respondeu:
- Eu tenho muito azar! Pode-me ajudar a não ter azar?
O rei respondeu:
- Só há uma maneira de teres sorte! Vai para a montanha mais alta e lá no cimo encontrarás um pequeno e dourado chapéu mágico. Mas tem cuidado com a águia!
O anão, rocha a rocha, conseguiu chegar ao cimo da montanha. Quando lá chegou viu a águia mas ela não o viu. Com muito cuidado, o pequeno anão conseguiu entrar no ninho e tirar o chapéu.
Agarrou-o, colocou-o na cabecinha e rapidamente começou a descer a montanha.
Tanta sorte o chapéu lhe começou a dar que a águia não o conseguiu apanhar.
Cada dia que passava crescia a sorte do pequeno anão. Era tanta… tanta… a sua sorte que viveu feliz para sempre.

O que foi trabalhado na sala de aula:
Ortografia
Interpretação
Feminino e masculino
Singular e plural
Tipos de frase
Sinais de pontuação
Frase negativa e afirmativa
Verbos e conjugação nos diferentes tempos e pessoas

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